domingo, 12 de agosto de 2012

VIVEMOS UM TEMPO DE TÉDIO E DE GRANDE INCERTEZA

Ao caminhar pelas ruas, seja na freguesia, ou noutras ruas, dou  com o semblante das pessoas com um ar carregado, triste, amargurado e desconfiado. Sinal dos tempos. Não existem razões para outra coisa melhor, obviamente.
 Em catadupa surgem noticias desoladoras, nos jornais, nas revistas, nas televisões. São os documentos dos submarinos que desapareceram. É a privatização da RTP, sem se saber bem o que vai acontecer e a incerteza se a nossa informação vai ficar nas mãos de uma qualquer potência estrangeira. É a promulgação do Código de Trabalho a maior canalhice que se fez a quem precisa do seu salário para sobreviver. Na mesma linha vem também a lei das rendas.
Um numero infindável de factos negativos  vão  acontecendo no dia a dia deste País, que despreza os mais elementares valores da vivência humana, que todos os dias manda para as margens da marginalidade (perdão pela redundância)  os seus filhos, que desemprega, que cria impostos já insuportáveis para uma classe média já quase inexistente. Um País que se submete, que não tem tomates para dizer não, que se agacha aos pés dos especuladores estrangeiros a quem prestamos vassalagem quando aqui vêm à procura da vida fácil que os nossos governantes sem estratégias, sem ideias, proporcionam. Um País que entrega as grandes empresas, algumas estratégicas para o desenvolvimento económico e social de todo o povo, ao capital estrangeiro. Um País que está a ser vendido a retalho. Um País que mais parece uma quinta dos mandantes catrogas e quejandos que empregam os filhos, os enteados, os primos, os sobrinhos e toda esta gentalha que faz de Portugal um País onde os portugueses já não se revêm.

O tédio e a incerteza tomou conta de todos nós.

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