sábado, 29 de agosto de 2009

O 1-0 NO FUTEBOL

Sou do tempo em que quando "OS GRANDES" do futebol português ganhavam por 1-0 era considerado um mau resultado. Hoje quando o resultado é de 1-0 já se exorbita, já se afirma que foi uma boa vitória, uma grande vitória. Mesmo a nivel internacional, o resultado de 1-0, é considerado um bom resultado. Há equipas recheadas de grandes valores, dos melhores do mundo, que têm dificuldades quando jogam com outras consideradas de valor inferior que não desprezam o resultado de 1-0. No fundo o que é verdade é que o futebol evoluiu de forma que os resultados de outrora desnivelados, acontecem, hoje, com pouca frequência. Comentaristas actuais, alguns que chegaram agora ao futebol, que não conheceram a realidade anterior, costumam afirmar que existe hoje um nivelamento por baixo, puro disparate e ignorância. Hoje em todo o mundo o futebol aperfeiçoou-se e portanto deixou de haver os "coitadinhos" porque houve efectivamente evolução o que determinou nivelamento, esta é que é a verdade. O resultado de 1-0 se antes era um resultado desprezivel, hoje por força do nivelamento é um resultado honroso e importante para quem ganha.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

CARACTER

Conheço bem os atributos de Paulo Bento. Homem de carácter, sério e competente. A frase que pronunciou, na conferência de imprensa antes do jogo com o Fiorentina, sobre o filme Titanic, demonstra bem a pessoa que Paulo Bento é. De cobarde não tem nada, isso já eu sei há muito tempo. Pelo seu comportamento de lealdade e competência, O PAULO está muito acima daquela meia duzia de energumenos frustrados que não se orientam por valores, por isso vão ao Aeroporto ofender e denegrir.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A INTROMISSÃO DOS PAIS NO DESENVOLVIMENTO DOS JOVENS FUTEBOLISTAS

É verdade que os pais, dos jovens jogadores, no momento actual são exageradamente pressionantes quando os filhos não jogam por opção técnica. No futebol existem injustiças como em qualquer outro sector. Quando a opinião ou escolha depende do homem é óbvio que é discutivel. O importante na minha opinião,neste aspecto, como muitas vezes digo a alguns pais, é que as injustiças eventualmente cometidas pelos técnicos devia servir como medida pedagógica para educar os seus filhos quanto ao futuro, isto é, em vez de se criticar o técnico deviam demonstrar que na vida real as injustiças são frequentes e portanto uma eventual injustiça cometida pela opção do treinador devia constituir um ensinamento ou aprendizagem para mais tarde o jovem enfrentar o mundo real com outra predisposição ao atingir responsabilidades próprias quando a idade assim determinar. É pena que muitos não utilizem a actividade desportiva para educar os filhos e antes pelo contrário com a ânsia de que o seu filho tenha sucesso desportivo, sobretudo por verem nisso um futuro de grande alcance financeiro, alimentem muitas vezes a indisciplina e a insubordinação do atleta. É sabido que o sucesso que todos ambicionam e julgam que os seus filhos têm condições para o efeito, está reservado a meia dúzia deles. Estes sinais de contestação por parte dos pais, por acharem que o filho é melhor que os outros, surge em qualquer clube, do maior ao mais pequeno. Inventam-se as mais pitorescas histórias em favor de uma razão que em 99% dos casos não corresponde á verdade. Estes posicionamentos não trazem nada de bom à formação humana nem ao desportista e perdem-se às vezes valores, em termos de capacidade desportiva, por força das posições assumidas. No futebol cujo as equipas têm que ter mais elementos do que aqueles que são necessários para qualquer jogo, há sempre uns quantos que ficam de fora, e basta isto para que esses entendam que estão a ser prejudicados. Os treinadores ou o técnicos, actualmente têm conhecimentos de ordem pedagógica que adquirem na sua formação e por isso sabem lidar de forma correcta com o atleta e portanto não existem razões objectivas para a contestação a que muitas vezes os técnicos estão sujeitos. São estes que têm que decidir e naturalmente não agradam a todos. Quando se fala em formação, muitos julgam que a formação só tem a ver com os aspectos técnicos, não é assim, o atleta durante o percurso que se designa por formação tem que aprender não só os aspectos de ordem táctica/técnica, mas também comportamentos de ordem disciplinar e civica, a todos estes factores se chama formação, ou seja, não existe formação se os pressupostos de ordem técnica/táctica não conterem a componente social. O papel dos pais é importante mas se funcionarem pedagógicamente. Doutro modo desestabilizam e deformam.

LISBOA, CIDADE EDUCADORA

CIDADES EDUCADORAS No passado dia 16 de Julho, duas técnicas do Pelouro da Educação da CÂMARA DE LISBOA, as Drªs. Maria de Lurdes Rabaça Gaspar e Maria Manuela Raimundo Elsa Calado, com o fito de sensibilizar a Direcção do FUTEBOL BENFICA, para um projecto de nível mundial, reuniram connosco nas instalações do Clube. Estas duas técnicas da CML,são as que representam o Municipio, no MOVIMENTO DAS CIDADES EDUCADORAS. O Movimento das Cidades Educadoras teve inicio em BARCELONA em 1990, onde mais de 60 cidades assinaram e assumiram a Carta das Cidades Educadoras, como marco da sua actuação, Lisboa e Porto foram duas dessas cidades.A ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DAS CIDADES EDUCADORAS – AICE, formalizou-se em 1994 em BOLONHA e a Declaração de Princípios que, assinada por cada município aderente, é o marco para a definição de políticas integradas, partilhadas, de âmbito global que visem a qualidade de vida dos cidadãos, ao longo da vida. A Cidade Educadora envolve os governos locais e todas as entidades e serviços que operam na urbe, com o objectivo de conjuntamente desenvolverem o espírito de cidadania e os valores de uma democracia participativa e solidária. É entendido, pela experiência vivida, que a educação não é mais um exclusivo da família e das instituições formais de ensino mas, na cidade, as suas diferentes gentes, os seus espaços e tempos, onde se produzem vários cenários formais e informais, conscientes e inconscientes de comunicação e partilha de aprendizagens, são verdadeiros agentes educadores. Este desafio que nos é proposto revela o conceito e o prestígio que o CLUE FUTEBOL BENFICA angariou ao longo destes anos. Satisfaz-nos, obviamente esta abordagem por aquelas duas técnicas, muito envolvidas neste trabalho a nível desta Associação Internacional e portanto para nós e particularmente para mim, é efectivamente um desafio aliciante e prestigiante assumirmos este convite que nos foi lançado. Proclamar e reclamar a importância da educação na cidade, é sem dúvida uma missão aliciante e que sentimos ter condições para emprestarmos a nossa experiência, enquanto clube, por isso prometemos empenhamento e trabalho. Os clubes, como fenómeno agregador de massas, têm o sublime dever de contribuir para uma sociedade mais informada e formada, por isso o FUTEBOL BENFICA aderiu a este projecto de chama internacional consciente que pode dar o seu contributo através da acção multifacetada que desenvolve e receber também valores e conhecimentos que nos fortaleçam quanto ao futuro.

domingo, 23 de agosto de 2009

A ASSEMBLEIA GERAL DO CLUBE FUTEBOL BENFICA

Quem leva esta "coisa" do dirigismo desportivo a sério e quando nos dedicamos com amor a uma causa, como é o meu caso, uma Assembleia para prestação de contas é sempre um acontecimento importante e de grande responsabilidade. Temos que estar disponiveis para a critica que venha a ser feita ao nosso trabalho, porque é óbvio que nem todos podem concordar com as decisões da Direcção e manda o bom senso democrático que deve de haver uma disposição total para aceitar o que os outros pensam mesmo que divirja da nossa opinião. Mas em Assembleias e nomeadamente de clubes as coisas nem sempre são tratadas de forma ordeira, como todos sabemos. Por isso mesmo eu quero aqui registar, como Presidente da Direcção, o facto de como decorreu esta Assembleia do Clube Futebol Benfica, onde imperou o civismo e a correcção. Assim, penso, estamos todos de parabéns, massa associativa e corpos gerentes, cumprindo assim um ditame da vida da colectividade que é tratar os assuntos com elevação. Quero saudar, para terminar, o Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Dr Alfredo Mendes, pela forma esclarecida como dirigiu os trabalhos.

AS CONTRADIÇÕES DO MUNDO EM QUE VIVEMOS

Cada vez que me debruço sobre o Mundo actual, no sentido do social, vejo que as diferenças entre pobres e ricos são mais pronunciadas de dia para dia. O fosso entre uns e outros, todos reconhecem, dizem as estatisticas também, cresce de forma desmedida. Em Portugal, que nos interessa particularmente, verifico que existem cada vez mais excluidos da sociedade e os já existentes produzirão certamente muitos mais. É um problema grave que é transversal a todas as sociedades. Ninguém pode ignorar que a pobreza é a principal razão da exclusão e esta por sua vez "convida" a actos menos próprios, para não dizermos de banditismo. Claro está que o Estado ou mesmo os Estados deveriam ter mais atenção a esta chaga social, que provoca desconforto para quem vive em sociedade e não é menos certo que para os outros (os excluidos) não é também uma situação feliz, naturalmente. Também sei que as populações que mais sofrem com a marginalidade, são as que vivem em bairros ou em zonas menos protegidas, os "senhores" do dinheiro, bem instalados como estão na vida pouco querem saber disto, porque não são incomodados, tudo lhes passa ao lado e quando estão em festas ou comemorações estão bem protegidos. E aqui reside a contradição, os excluidos, filhos dos mais necessitados, provocam mais instabilidade onde estes residem. A sociedade está feita assim. É preciso mudar qualquer coisa.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

ESTA ARBITRAGEM É A DEMONSTRAÇÃO DO RESPEITO QUE A EUROPA TEM POR NÓS

Em tempos correu por aí um SLOGAN que dizia: "A EUROPA ESTÁ CONNOSCO". Nunca acreditei nisso porque sempre fomos subservientes e a subserviência é sinómino de mediocridade. Estamos sempre de acordo com tudo o que nos impõem, não somos capazes de fazer valer os nossos argumentos porque em abono da verdade não os apresentamos talvez por uma questão de sermos bem mandados, essa é de certeza a principal razão do desrespeito que têm por nós, em qualquer área. O Estádio Alvalade e os 35 mil que lá estavam, mais os milhares de espectadores que da TV assistiram e viram a falta de respeito que aquele árbitro vindo da Hungria teve por todos nós. Não se trata do Sporting, porque acredite que aquele homem não seja antisporting, nem provavelmente conhece bem o Sporting, mas sabe de certeza que em confronto estava uma equipa portuguesa e outra italiana, isso sabe de certeza e portanto está tudo dito. Eu, não acredito que ele não saiba mais que aquilo que demonstrou porque sabe com toda a certeza que um soco aplicado a um jogador por outro jogador só pode ser sancionada com expulsão. Foram tantos os casos que não vale a pena estar aqui a dissecá-los. Este basta para provar o que se passou ontem em Alvalade e para perguntar que Europa está connosco. Se fosse esta a primeira vez que isto acontecesse com uma equipa portuguesa, a minha ingenuidade daria para acreditar que tudo isto seria por incompetência, mas não, é frequente situações destas, por isso não digam que a Europa está connosco que isso não é verdade. E no futebol comprova-se !

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

QUE O OLHANENSE CONSIGA UM BOM CAMPEONATO

Há já alguns anos que o ALGARVE não tinha uma equipa de futebol no principal escalão da modalidade. O OLHANENSE voltou após um afastamento de 34 anos da alta ronda do futebol nacional. É por força deste regresso o lidimo representante do Algarve no futebol nacional. É preciso que se mantenha. O ALGARVE, como Região perfeitamente demarcada, precisa também de ter um clube que honre a Região e lhe traga outros argumentos para além dos já sobejamente conhecidos como é o caso do Turismo. O futebol nos tempos que correm é tão importante ou mais que qualquer outra actividade. A sua envolvência, o peso económico que tem localmente é sem dúvida importante, desenvolve o comércio e a indústria local, cria emprego, provoca orgulho nos adeptos, enfim ... esta é a força do futebol. O Algarve tem condições para ter mais equipas na I LIGA, estou a referir-me ao PORTIMONENSE e ao FARENSE, são cidades de futebol, que hão-de recuperar porque o tempo assim vai exigir. O Algarve sofreu uma profunda alteração social nos últimos 30 anos. Mudaram-se os hábitos, recebeu muita gente oriunda de outros cantos do País e portanto é tudo muito recente, uma vez tudo isto enraizado: A cultura, os hábitos, a integração,naturalmente que resolvidas estas situações estes clubes vão crescer, porque o orgulho destas gentes também vai crescer e o apego aos clubes que pertencem às suas terras de adopção também passa a ser mais consistente. Como algarvio de nascença acompanho a vida destes clubes que aqui cito, porque guardo na minha memória, de meninice, os jogos entre estes três clubes que quando se defrontavam agitavam todo o Algarve. Fala a minha memória de sócio do Portimonense, quando aos 11 anos, o meu avô, um doente do Portimonense me inscreve como sócio por ter passado no exame de admissão à Escola Comercial e Industrial de Silves, já lá vão 52 anos, que tempo ... são memórias. Aos 12 anos vim para LISBOA, não perdi o interesse nem pelo futebol, nem deixei de acompanhar com entusiasmo o desempenho das equipas algarvias, por isso tenho uma opinião favorável quanto ao futuro destes três clubes. Aqui (em Lisboa) ganhei outro entusiasmo, o CLUBE FUTEBOL BENFICA, do qual sou hoje com orgulho Presidente da Direcção, contudo o meu coração também sofre por aqueles três clubes nomeadamente, pelo Portimonense, por isso assim falo.

sábado, 15 de agosto de 2009

UM INICIO DE TEMPORADA, NO FUTEBOL, DE GRANDE EXPECTATIVA

Parece-me que nunca tivemos um inicio de época tão expectante como este, pelo menos nestes últimos anos. A expectativa reside em dois ou três blocos centrais de interese da comunidade futebolistica deste nosso Portugal. Das mais interessantes de todas e que mobilza uma grande parte de todos os que se interessam pelo futebol, é saber se o investimento que o BENFICA fez tem tradução positiva no final da época. Esta é sem dúvida a questão que neste momento suscita mais interesse. Face ao elevado número de aquisições e com algum peso em termos de valor técnico, existe por parte dos benfiquistas e não só, um frenesim excitante para ver como este plantel se vai comportar. Pessoalmente penso e porque em dois jogos na Luz o Benfica perdeu com o Atletico de Madrid e empatou com o Milan no tempo regulamentar, que é um problema que pode ter influência no factor psicológico do grupo, dado que este foi um problema da época que passou e toda a gente sabe que no desporto e sobretudo no futebol quão importante são estes factores de ordem psicológica. O jogo com o Maritimo por ser o primeiro é importante. Vamos aguardar. Paralelamente a este interesse, há o facto de se saber se Portugal vai ou não ao Mundial da África do Sul. Este é mais um motivo de interesse para este inicio de campeonato porque efectivamente, a classificação para a fase final do campeonato do Mundo depende muito da forma como alguns jogadores se apresentarem, embora muitos dos que alinham na Selecção joguem no estrangeiro, mas de facto tudo isto trás um interesse redobrado ao inicio de mais um campeonato. E neste pacote de interesses e expectativas, surge agora também a naturalização do LIEDSON com o objectivo de poder ser utilizado na selecção, o que tem provocado de certa forma alguma polémica. Existe de facto duas correntes de opinião sobre esta matéria. A mim espanta-me esta discussão face à actualidade. O Mundo tem evoluido de forma a quebrar determinadas barreiras existentes entre os povos e por isso hoje vivemos a época da globalização que define-se como processo de interacção e integração entre as pessoas, empresas e governos de diferentes nações, perante este cenário e face a esta realidade é pois remar contra a maré evitar a naturalização do LIEDSON. Outra razão forte que joga a favor do LIEDSON e de quem defende a naturalização deste jogador tem a ver com o facto deste atleta jogar em Portugal há 6 épocas. Mas estranho também é o alarido que se tem feito acerca deste caso quando em Portugal proliferam nas outras modalidades atletas que se naturalizaram para puderem jogar ou representar Portugal. Em tempos muito recuados lembro-me que por Portugal jogaram David Julius (Africa do SUL) e Lúcio (Brasileiro). Para atenuar ainda esta discussão, sem qualquer efeito, digo que este é um problema que está generalizado pelo Mundo e que por exemplo a Alemanha tem na sua selecção 7 jogadores naturalizados e a Alemanha é uma potência futebolistica, tem mais capacidade económica, tem mais praticantes, tem mais população, tem mais dinheiro, tem tudo mais. Este pacote de questões de expressão nacional, não deviam deixar de fora outras razões que existem para trazer à liça ou à discussão os problemas que o futebol português tem para resolver. E portanto como temos comentadores que só discutem o BENFICA, o SPORTING e o PORTO e arbitragens, tudo vai continuar na mesma. Haja futebol que a malta do futebol que ganha algum a discutir as incidências do mesmo precisa é de polémica para continuar a alimentar-se.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O PIB TEVE UMA SUBIDA !...

Foi hoje anunciada uma subida do PIB na ordem dos 0,3% no segundo trimestre. Esta "façanha" permitiu uma onda de optimismo por parte de alguns comentadores, analistas, jornalistas, etc. Não falo em políticos porque aqui a opinião não é unânime. Sou um cidadão normal, com preocupações de ordem social e portanto tenho uma opinião que certamente e de uma forma global, o cidadão comum tem. Quero eu dizer que mais uma vez estamos a deitar foguetes antes da festa. Traduzindo: não é motivo, acreditando até nos números, para tanto folclóre. Não me basta ouvir pessoas bem falantes, bem vestidas, bem engravatados para que eu acredite naquilo que ouço. Sei isso sim, que não vejo desenvolvimento económico de forma a provocar uma reviravolta nas economias, quer nacional, quer internacional. Pelo contrário, vejo é mais pessoas a ir para o desemprego, empresas a fechar e portanto custa-me acreditar que possa haver subida do PIB quando os factores de desenvolvimento de qualquer economia passa por mais emprego, melhores ordenados, mais produção, mais industria, enfim... e isso venha quem vier não me convence que esteja a acontecer. Nem o Medina Carreira, acredita nisto, que diz coisas perfeitamente disparatadas, acerta nalgumas é certo, mas as contradições são bem visiveis na sua análise, mas como arrasa tudo e todos o povo entende que aqui está a voz da razão. Todavia, ou ouvi mal ou é mesmo verdade que ele disse em determinada altura do seu discurso que ao abrirmos as portas ao investimento estrangeiro que não nos favorece nada porque os lucros não ficam cá, para logo a seguir atacar as leis do trabalho para dizer que estas impedem a captação de investimento estrangeiro. Durão Barroso quando chegou a 1º Ministro, não falou em crise, disse que o País estava de tanga; Santana Lopes que veio substitui-lo, passado pouco tempo anuncia que a retoma estava a fazer-se. Da tanga e da retoma passou-se para a crise, eis pois como se trocam as palavras para baralhar os incautos. A CRISE está patente e de "saúde", infelizmente assim é. Continuo na minha: Enquanto não houver mudança política não há recuperação económica e isso estes senhores engravatados esforçam-se por ocultar. Enquanto este estado de coisas se mantiver estes senhores vão vivendo destes debates e vão amealhando algum.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

A QUESTÃO DAS IDADES NO FUTEBOL: LIBERTINAGEM

Há uns 5 ou 6 anos atrás levantou-se uma polémica com um jovem jogador que pretendia mudar de clube. Isto acontecia no Distrito de Leiria. Foi noticia de primeira página nalguns jornais e de debate também em jornais e nalgumas estações radiofónicas. A polémica sobre essa pretensão do referido atleta tinha a ver com uma lei que existia na altura, que quanto a mim para além de regular a actividade era moralizadora. Acentava essa lei no facto do atleta até à idade de 14 anos não ser negociável, ou seja, não existia qualquer verba estipulada na lei para a transferência, ao contrário do que sucedia para a idade imediatamente a seguir, como aliás ainda hoje sucede. Melhor: qualquer atleta, com idade até aos 14 anos só podia mudar de clube com a passagem do documento de desvinculação pelo clube ao qual estava vinculado. Diziam alguns que isto era um atentado à liberdade os miudos não se transferirem para onde bem quisessem. Eu lembro-me que chamei à nova lei, a actual, a lei da libertinagem. E hoje, volvidos estes anos, o tempo veio dar-me razão. Não queria que assim fosse, mas infelizmente a libertinagem vingou. É claro que o objectivo não era o favorecimento dos miúdos. Os mais poderosos passaram a ter campo livre para irem aqui e acolá buscar quem entendessem, os pequenos por outro lado, digladiam-se sem respeito uns pelos outros. Foi o que esta lei nos trouxe. A justificação para a implementação desta lei, dizia-se naquela altura, era uma determinação da União Europeia, para mim é a conversa habitual. Para se justificar o injustificável a União Europeia surge como a responsável em qualquer ramo e também no futebol. Assim sancionou-se de forma legal, através da lei obviamente, a libertinagem. É isso que hoje se assiste no futebol e dói quando através das escolas que os grandes, com a complacência de alguns dirigentes, montaram escolas de formação dentro de outros clubes que são utilizados muitas vezes para "deslocalizarem" miudos com o argumento de que pertencem a eles e estão em formação sob a sua orientação. Trata-se de uma nova versão no futebol da libertinagem. Mas a questão das idades e esta nunca constou que fosse uma determinação da União Europeia,não se fica por aqui. A questão relativa á indemnização a que os clubes tinham direito pela formação do atleta quando este atinge a profissionalização ia até aos 31 anos, agora depois dos 23 anos já não há direito à respectiva compensação financeira. É mais uma medida que põe a nu a filosofia que é seguida no futebol nacional, os pequenos cada vez têm menos direitos. Duas leis sobre idades bem elucidativas da libertinagem que se apoderou do futebol. Enquanto isto os dirigentes dos clubes chutam para o lado, preocupam-se mais com os resultados desportivos imediatos e esquecem-se que existe futuro.

domingo, 9 de agosto de 2009

DESPORTO: COMPETIÇÃO OU NEGÓCIO?

O Desporto sempre ocupou um lugar de destaque ao longo da história. Diz-se que teve origem na cultura grega.Foi evoluindo ao longo dos tempos e as etapas mais significativas podemos defini-las desta forma. NO IMPÉRIO ROMANO O DESPORTO ERA UMA PREPARAÇÃO PARA AS ACTIVIDADES GUERREIRAS, ASSIM COMO UM MEIO PARA REFORÇAR O CARÁCTER. NA IDADE MÉDIA O DESPORTO RESTRINGE-SE À PRÁTICA DO TIRO COM ARCO, EQUITAÇÃO E ESGRIMA. NO SECULO XIX VIU-SE CONTUDO RENASCER O GOSTO DO HOMEM PELO EXERCICIO JÁ NO NOSSO SÉCULO O DESPORTO ALCANÇA UMA GRANDE IMPORTÂNCIA EM TODOS OS PAÍSES QUE, ATRAVÉS DE ORGANISMOS PRÓPRIOS SE PREOCUPAM COM A PROPAGAÇÃO CADA VEZ MAIOR DAS ACTIVIDADES DESPORTIVAS Estas etapas aqui definidas, julgo que tem alguma lógica, é fruto de algumas coisas que tenho lido sobre desporto e ajudam-nos a situarmo-nos de certo modo na evolução que o desporto foi tendo ao longo da história dos povos. De qualquer maneira, os praticantes, os melhores, sempre tiveram um lugar de destaque na sociedade. Todavia, foi já nos finais do século XIX que começaram a aparecer os primeiros profissionais, já razoavelmente bem pagos para a época. No século seguinte, já no nosso tempo, o Marketing entra no desporto em força aproveitando-se dos nomes dos atletas mais conceituados ou melhores e determinou que no desporto de um modo geral,pelo interesse que desperta no público, começassem a aparecer somas chorudas de dinheiro na contratação de desportistas de eleição. O desporto tornou-se neste nosso tempo um grande negócio, vejamos os ordenados e as transferências inimagináveis dos jogadores de futebol, os prémios dos tenistas, dos automobilistas, enfim, de qualquer modalidade, basta que se atinja um plano superior. A questão que se põe neste momento e é a razão destas minhas palavras é até onde isto vai parar? Esta pergunta já muitos a fizeram, não tem explicação fácil. Atrevo-me todavia a emitir opinião sobre o futuro, sobretudo do futebol, porque é onde me situo e por me parecer também, que é o que corre maiores riscos. De certeza que muitos ao lerem esta afirmação não vão estar de acordo comigo e provavelmente até me apelidam de lunático. Pouco me importa. Mas factos são factos e portanto a realidade é que são conhecidas as dificuldades que alguns clubes de nivel Europeu atravessam. Alguns continuam na senda do despesismo na convicção que é na fuga p'rá frente que resolvem os seus problemas. Está provado que os gastos dos clubes são superiores às receitas. Por enquanto ainda vão aparecendo uns ricalhaços que se servem dos clubes para se promoverem. Não tardará o dia em que estes se cansem e a crise que hoje se manifesta na arraia miúda, podemos dar Portugal como exemplo, atingirá também os graudos. E se aplicarmos aqui a metáfora "Quanto maior é a nau maior é a tormenta" podemos prever o colapso a que o futebol está sujeito. Esta análise, catastrófica, é verdade e tem a ver com realidades. E a verdade é que a perspectiva económica a que o futebol tem estado sujeito nestes últimos anos pode-nos conduzir a esse estado. Hoje quando se altera qualquer prova ou campeonato é sempre na perspectiva economicista, ora o futebol é um desporto e tem que ser visto como tal. Esta competição desenfreada, ver quem paga mais, vai conduzir muitos clubes ao abismo. As receitas não dão para tudo, até porque as exigências são cada vez maiores e simultâneamente as despesas. As competições da UEFA deixaram de ter um cariz desportivo e passou a ter uma mais forte componente económica, basta ver as actuais competições para nos apercebermos disto mesmo. Os contratos de publicidade e as receitas das transmissões televisivas vão garantindo a estabilidade, é certo que para os mais fortes vão aparecendo novos mercados, mas esse el-dorado é como digo para os mais fortes que no fundo a nível europeu são 4 ou 5. Para sustentar a minha tese, existem estudos que dizem que as principais Ligas Europeias estão a perder espectadores; que há clubes em enormes dificuldades, para além de outros que faliram. Na Alemanha, por exemplo, as televisões reduziram as verbas para as transmissões. Em Espanha são conhecidos alguns casos, nomeadamente o Valência, talvez o mais emblemático, por enquanto. Em Portugal, todo o futebol está falido. Contudo, tudo isto não invalida que os jogadores, os de primeiro nível, ganhem fortunas astronómicas, ao contrário daquilo que vai acontecendo nas outras actividades profissionais que para além de verem fechar as suas empresas, vêem também as suas condições de vida piorarem dia após dia. Por estas razões há quem se interrogue donde vem o dinheiro para o futebol?

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

AMIZADE A PRESERVAR

Há muito tempo que não tinha o prazer de ver e falar com o Marinho. Esta é uma questão pessoal, diz apenas respeito a mim e ao próprio António Marinho, mas quando as coisas acontecem e com satisfação e fraternidade, é natural expandirmos a nossa satisfação e partilhar até com outros que nada têm a ver com isso. É o que me parece acontecer neste momento. Perguntarão alguns que habitualmente consultam este blogue, mas o que é que eu tenho a ver com isto? Eu respondo: pois claro ninguém tem nada a ver com as minhas relações. A coisa que os outros, podem extrair daqui, é que a amizade e consideração não é para todos uma coisa qualquer. Gosto de conviver com pessoas integras, de caracter. O Marinho vive em Angola há uns 3 ou 4 anos, não definitivamente, desejo eu que assim seja, pois os amigos querem-se perto e não longe. Perto vamo-nos vendo, bebendo umas imperiais, trocando ideias, opiniões, conversando, enfim ... vamo-nos socializando (não sei se esta expressão é correcta, sei isso sim que é o que sinto). Á mesa de um restaurante, comendo uns caracóis e bebendo umas imperiais, lá fomos conversando, conversas intimas é claro,mas saudáveis. A amizade que eu nutro pelo Marinho, pelo seu caracter, pelo exemplo de vida que é, só podia resultar numa grande satisfação e emoção (velhice). Terminei o resto do dia na companhia de um amigo. Ao longo da minha vida fui cultivando amizades sinceras, esta é uma delas. Esta reserva de amizade é para ser preservada.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A FILOSOFIA É TAMBÉM UM INSTRUMENTO DE TRABALHO

Viver feliz pressupõe ter objectivos, fazer coisas, estar permanentemente ocupado. FRANÇOIS-MARIE DE AROUET, VOLTAIRE definiu isto desta forma: "O homem nasceu para a acção, como o fogo tende para cima e a pedra para baixo. Não estar ocupado e não existir é o mesmo para o homem"

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

COMPORTAMENTOS DETERMINAM A MORAL

"O HOMEM DE ACÇÃO É, ANTES DO MAIS, UM POETA" Citação de André MAUROIS No desporto, geralmente, os dirigentes são olhados com desconfiança, tal qual como os políticos. A sociedade portuguesa habituou-se a duvidar de tudo e de todos aqueles que têm responsabilidades públicas. Eu uso muito a ideia de que se na minha rua houver alguém de mau porte, não se pode concluir daí que todos os que lá habitam sejam de mau porte. Ora bem,o mesmo sucede na política, na actividade empresarial,na sociedade em geral, onde existem também os que não se portam bem, mas daí não se pode inferir que toda a sociedade seja qual fôr o ramo é desprezivel e mal comportada. Dos dirigentes dos clubes, por muita capacidade, por muito honestos,por muita dedicação, é vulgar ouvir-se dizer destes,as piores coisas da vida,sem qualquer distinção entre eles, ou seja,´são todos medidos pela mesma medida e sempre pela negativa. Claro que isto é um problema de educação, de cultura, de formação e daqueles que nunca fizeram nada que se possam orgulhar. A diferença está em que estes só têm capacidade para a maledicência, os outros, os que constroem,os que se dedicam, os que têm capacidade, esses são os POETAS DA VIDA, são homens da acção, que acreditam no trabalho e que defendem valores e instituições. A ciência tem resposta, como é óbvio, para estas questões. A Antropologia sendo a ciência que estuda o homem ou a humanidade em geral é baseada num campo vasto da observação dos comportamentos e relacionamentos humanos que o homem tem vindo a aperfeiçoar, há por isso várias teorias e conceitos sobre o comportamento de cada um. Chamou-me a atenção na relação entre os homens um que diz o seguinte: "O diferente é necessário, imprescindível, essencial. Respeitar o outro é querer respeito consigo. Somos todos uns em função do outro. Não nos cabe o preconceito, a intolerância, a estupidez, a barbárie". Ora esta descrição diz tudo, pode-se ser diferente sem se ser barbáro. Mas a ciência também reconhece que as pessoas educadas e bem formadas estão muito longe de se situarem nesse plano, razão porque as sociedades continuam organizadas e a se desenvolverem.

TEMA ALICIANTE

MARTIN LUTHER KING, disse um dia: Ou aprendemos a viver como irmãos, ou vamos morrer juntos como idiotas”

"Nada no Mundo é mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez conscênciosa"

"O perdão é um catalisador que cria a ambiência necessária para uma nova partida, para um reinício"

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."

Estas são ideias dum Humanista e Prémio Nobel da Paz. Foram escritas e ditas há muitos anos mas ainda hoje perfeitamente actualizadas e que a sociedade não pode esquecer.

Aliar a Cultura e a Educação ao Desporto é também divulgar ideias e pensamentos de homens que produziram cultura e educaram com os seus comportamentos a humanidade.

Hoje lembrei-me de MARTIN LUTHER KING.

Estas frases lapidares deste Humanista e Prémio Nobel da Paz encerram em si mensagens que para além dos objectivos que pretendiam atingir na altura em que foram proferidas, estão e estarão sempre actualizadas. Por essa razão escolhi-as porque são educativas e culturais e são de uma profundidade enorme. É importante para o desporto que de vez em quando alguém se lembre de trazer ao conhecimento ou relembrar frases de homens que a sua acção pode ser aproveitada para o desporto.

Domingos Estanislau