sexta-feira, 25 de setembro de 2009

OS TREINOS DE CAPTAÇÕES MERECEM ALGUMA REFLEXÃO

Os treinos no defeso, noutros clubes aos quais o atleta não está vinculado, para além de imoral, pode um dia trazer complicações graves e depois é ver tudo a "sacodir a água do capote". Pode acontecer por exemplo que um jogador sofra uma lesão grave e pergunto: Quem é que se responsabiliza? Pergunto ainda num caso de lesão grave e uma vez que o jogador é pertença de outro clube quem é que se responsabiliza pela inutilização do jogador se o clube ao qual o mesmo se encontra vinculado exigir uma indemnização por essa razão? O facto de ser jogador amador não invalida que não cause prejuízos ao seu clube se não poder ser utilizado pelo facto de se encontrar lesionado ? É um mal que está instalado mas que não pode continuar e tudo terá que ser feito para que não persista. Todos os dirigentes têm culpas neste aspecto, porque na verdade temos sido todos permissivos nesta questão. O que está aqui em causa efectivamente é a falta de respeito uns pelos outros. Manda a razão da moral que estando um jogador vinculado a um clube, não devia ser permitido que esse atleta treine noutro clube sem autorização do clube ao qual está vinculado. Ora esta situação é cada vez mais frequente e arrasta consigo problemas de vária ordem, nomeadamente no que se refere a uma eventual lesão física num desses treinos, com as consequências atrás previstas. Um acontecimento dessa natureza é grave porque o atleta não tem o seguro actualizado e portanto também não tem qualquer tipo de protecção. Este é digamos o aspecto mais grave da situação, mas existe outro que me incomoda bastante que é a falta de respeito e consideração que existe uns pelos outros, isto é, na maioria dos casos os atletas são aliciados a irem prestar provas e normalmemte esses clubes estão melhor cotados ou colocados nos campeonatos, o que só por si entusiasma o jovem atleta. Todavia, existe regulamentação para o efeito que é o pagamento de uma taxa de transferência mas que ninguém cumpre e por consequência não serve nada existir a regulamentação porque o que é evocado normalmente é que o jogador mostrou interesse em representar aquele clube.Se o clube de origem, quiser fazer prevalecer os seus direitos, o que é perfeitamente legitimo, então a situação muitas das vezes ultrapassa a decência quando "entram em campo" os familiares, normalmente os pais e então já numa atitude extrema com ameaças de vária ordem. Isto tem que ser moralizado, a bem do futebol, do desporto e da formação. As entidades responsáveis do desporto em Portugal, a começar pelo Secretário de Estado do Desporto e a terminar na Federação deviam criar legislação adequada para este efeito, através de leis que penalisassem os jogadores e os clubes que prevericassem, porque efectivamente trata-se de ilegalidade absurda um jogador estar vinculado a um clube e ir prestar provas a outro clube sem autorização do se clube. Assim como está é a lei da selva que vigora Todos sabemos que os clubes têm despesas com inscrições, equipamentos, manutenção de instalações, técnicos, medicamentos, enfim ... e outros gastos para além do trabalho voluntário dos dirigentes que esse não é contabilizado e portanto existe assim um direito que não pode ser escomateado de forma alguma. O atleta sabe que está automaticamente vinculado a um clube ao assinar um compromisso desportivo e o seu encarregado de educação também sabe que assim é. Como disse ninguém está isento de culpas, mas está na hora de todos trabalharmos no sentido de moralizar estas situações e para mais numa época em que proliferam os empresários que sem escrupulos influenciam também os miúdos com promessas duvidosas, conduzindo, através da pressão, miúdos para outros clubes. O meu alerta mais uma vez aqui fica. Um dia que haja uma desgraça, então sim, surgem os salvadores da pátria a comentar a situação e a exigir medidas e obviamente a dizer que tudo está mal neste futebol. É assim ...

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