quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

SEMPRE O FAVORECIMENTO E O CAMPO Nº 2. POR FAVOR CHEGA.

Meu Caro Diogo Ribeiro, Li o seu comentário acerca do artigo que escrevi “Balanço do ano”. Agradeço-lhe as considerações que faz sobre a minha pessoa. Desculpe a minha imodéstia, neste campo, mas é verdade que muito tenho batalhado e trabalhado em vários tabuleiros para a dignificação do futebol que nós tanto amamos – futebol amador – genuíno, puro, sem subterfúgios. Em 1997 participei no 4º Congresso do Futebol no Algarve. Intervi, apresentando um estudo sobre a importância do futebol amador no contexto do futebol nacional, demonstrando a importância deste nas várias vertentes, tanto no campo social como no campo desportivo. Antes disso tinha-me batido pela dignificação do futebol juvenil no que diz respeito ao escândalo das idades, onde havia homens a jogar com crianças. Todos cometíamos esse erro porque as condições em que os atletas eram inscritos nas Associações permitiam esse flagelo, nalguns casos, de incoerência, de pouca dignidade, de pouco respeito pelos valores do desporto, etc. A partir desse momento as coisas modificaram-se e passou a haver mais verdade desportiva, pelo menos nesse campo das idades. O meu Clube tem outras actividades e portanto permite-me poder intervir noutras áreas, cujo problemas são similares ao futebol amador dado tratar-se também de modalidades amadoras, portanto, a minha disponibilidade tem sido de 100% para tratar, discutir, intervir, defender e apresentar ideias sobre aquilo que defende. Tenho participado pelo País fora, não só no âmbito da Liga de Futebol Não Profissional, como em colóquios defendendo melhores medidas para o futebol amador, o que me dá algum prazer porque é a prova de que existe e felizmente penso. Participei em toda a linha, no último Congresso do Desporto, desde a sua apresentação na Exponor, passando pelo Casino Estoril, até à Assembleia da Republica em quatro sessões onde intervi as quatro vezes que ali se discutiu a Lei que está agora em vigor. Mas amigo, esta minha intervenção no campo desportivo, tem os seus problemas, existem sempre os que pensam pouco, têm uma inteligência curta e isso por vezes leva-os a conjecturas distorcidas da realidade. Eu sou dos dirigentes mais castigados na AFL e na FPF, portanto relacionar a minha imagem com favorecimentos ao meu Clube indigna-me e revolta-me porque só eu e os que fazem parte do Futebol Benfica é que sabemos o que nos tem acontecido esta época e com todas as categorias. Falam muito dos penalties, mas alguém viu os jogos todos do FUTEBOL BENFICA para ver quantos sofremos sem qualquer razão e quantos ficaram por marcar a nosso favor? Não há muito tempo fui ver um jogo, no qual não intervinha o meu clube e mal entrei no campo onde se realizava esse jogo, ouvi gritar das bancadas: penalties, penalties, penalties. Acha o meu amigo isto normal. Mas há mais. Num jogo de juniores no campo do meu clube, um jogador da equipa adversária que havia sido expulso, julgo por má comportamento, murmurou para um elemento da equipa dele “aquele ali de cabelo branco, o Presidente, é que tem a culpa disto”. Isto é uma pequena amostragem. Aonde vamos somos recebidos com apupos deste género. Então se isto não é campanha, o que é que poderemos chamar a isto!? Na sequência vem pois ainda o campo nº 2. O meu amigo não acha que é estranho clubes cujo campo tem as mesmas medidas do nosso, no comprimento, aparecerem a contestar o nosso que tem as condições necessárias e exigíveis para jogar futebol? Estive em Espanha a convite da firma que construiu este campo e vi muitos campos deste, que são de areia, e ainda bem que optei por este tipo de campo porque todos aqueles que foram construídos na mesma altura ou mesmo 2 ou 3 anos depois já foram substituídos e este está para durar, felizmente. Quanto ao Aboboda eu não quis e nunca porei em causa o Clube ou qualquer Associação do género. O que eu acho estranho e revolta-me é precisamente esses pobretanas como nós não terem noção das realidades, nem conhecimento dos regulamentos e julgarem-se superiores, só porque têm uma Câmara que lhes construiu um campo novo e portanto já se julgam ricos. Isso é que eu não suporto. Essa petulância, sinónimo de pobreza espiritual, para mim é de facto revoltante e insuportável. Afinal o que é que nós somos. Perdemos a genuinidade, a pureza e passamos a usar o subterfúgio? Não é por este futebol que eu tenho lutado, isso entristece-me. Pronto amigo, desabafei!

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