sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

RIQUEZA E PRODUÇÃO

Riqueza, produção, competitividade e por aí fora são palavras que bailam na boca dos portugueses constantemente. São efeitos da crise, pois enquanto o País foi vivendo da especulação bolsista e das fábricas que eram instaladas em Portugal, tudo parecia belo e de grande futuro. Muitas vezes reflecti sobre isto, muito antes de rebentar todos estes problemas que vamos conhecendo com a Banca e com as multinacionais que todos os dias ameaçam sair de Portugal e com o oportunismo de alguns que aproveitam o momento para fraudulentamente fecharem as suas empresas. Tudo isto foi motivo de análise da minha parte, porque tinha a sensação que não estavamos a produzir de forma progressiva que pudessemos provocar um melhor nível de vida a todos os protugueses. O que é que fomos fazendo ao longo dos anos. O País entrou numa especulação abrangente, criou-se no espírito das pessoas que todos podiamos melhorar as nossas vidas através não do trabalho mas adquirindo acções das empresas onde cada um trabalha, chamou-se a isto, até em certa altura, o capitalismo do povo e o resultado está á vista. O desenvolvimento de um País não se faz, nunca se fez, com este tipo de medidas. Nem com especulação bolsista, nem com a instalação de fábricas dos outros que nós sabemos que mais tarde ou mais cedo se deslocalizam. É da história que o capital não tem Pátria. Na Escola, quando andei no Curso Geral do Comércio, na disciplina de Noções de Comércio, aprendi que só a transformação da matéria prima produz riqueza, este seria o caminho. Mas em Portugal enveredamos por abrir Centros Comerciais para vender os produtos dos outros. Por isso agora fala-se em riqueza, produção e produtividade. PERGUNTO: Quem é que tem culpa do estado a que o País chegou? Onde está a nossa agricultura? Como estão as nossas pescas? É fácil chutar para o lado e atribuir todas as culpas a quem trabalha. Desgraçados dos trabalhadores que são os culpados, sempre, de tudo.

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