segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

NEM SEMPRE AS PALAVRAS CORRESPONDEM AOS ACTOS

O meu amigo, Professor Fernando Seara, escreve hoje, de entre outras coisas, na sua coluna semanal do jornal A BOLA - Factos e protagonistas - o seguinte: "Mas, a festa do futebol mundial terá, este ano, um intruso. Se se vai reconhecer o génio e a excelência, se se vai consagrar o talento, o virtuosismo e a estética, em Zurique, hoje, vai assumir-se, igualmente, a lealdade ao jogo, um exemplo de cidadania contemporânia e um sentido efectivo de transparência." depois mais à frente refere: "Hoje, à noite, em Zurique, o prémio principal é à honra. É que o futebol precisa de exemplos."

 Pois é evidente, que o jogador Simone Farina, jogador de um clube da II divisão italiana , o Gubbio, merece plenamente tal distinção porque teve uma atitude nobre e de grande exemplo de cidadão vertical. Recusando receber uma determinada verba para que a sua equipa perdesse um jogo na eliminatória da Taça de Itália, é credor de toda a simpatia, estima e admiração, dos agentes desportivos, porque soube honrar as virtudes tantas vezes apregoadas e defendidas por muitos, mas há também quem diga defender a verdade, mas nem sempre as palavras correspondem aos actos.

Gostaria que o meu amigo, Professor Fernando Seara, meditasse nisto que aqui escrevo e comparasse com o seu escrito, para ver quão contraditória é a sua posição perante uma candidatura à Associação de Futebol de Lisboa, cujo principal responsável, como Presidente do Conselho de Disciplina da AFL, feriu recentemente todos os valores relatados no seu artigo. É que efectivamente o futebol precisa de bons exemplos, digo eu.

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