terça-feira, 16 de junho de 2009

ASSEMBLEIA DA ASSOCIAÇÃO FUTEBOL LISBOA

A AFL - ASSOCIAÇÃO FUTEBOL LISBOA - vai realizar uma Assembleia Geral para discutir assuntos, alguns deles, com muito interesse. Vamos, em primeiro lugar, analisar aqueles que na nossa óptica são pacificos e têm efectivamente algum interesse. A questão das Escolas serem divididos em 3 escalões está perfeitamente correcta. Pois neste escalão a diferença de um ou dois anos é bastante notada e há quem escolha os jovens jogadores mais de acordo com a idade do que com a sua valia técnica ou tendo em atenção uma perspectiva futura quanto ao seu valor. É lamentável que isto aconteça quando falamos de formação, mas acontece. A criação de três escalões evita de facto situações há muito visiveis e portanto neste aspecto é de louvar esta proposta da AFL. Não concordo com a criação da I e II divisão na categoria de Infantis. Relembro que há uns anos atrás esta categoria tinha competição a nível nacional. Pôs-se fim a esta competição porque algumas vozes se levantaram por ser criminoso pôr miúdos de 10/12 anos a competir daquela forma. Aí funcionou o bom senso e portanto extinguiu-se um campeonato porque não era minimamente aceitável ver miudos ainda em formação abandonar um campo de futebol a chorarem e os seus pais, alguns, a consolarem os seus filhos e outros por menos preparação a ficarem mais frustrados do que os atletas. Assumir uma posição alinhada com a proposta da AFL é participar num acto que em tempos já foi julgado por psicólogos e outros técnicos da área social e portanto a AFL, ou melhor os clubes de Lisboa, não podem andar a reboque do interesse de alguns que vêm a formação de jovens com esta idade de forma distorcida. Neste aspecto estamos entendidos. Vamos`a parte dos custos ou despesas. A AFL ao propor que cada categoria deve de inscrever um treinador ou ao propor que cada categoria deve apresentar um massagista diplomado, claro está, que com estas medidas está a onerar os custos da actividade dos clubes, quando estes já têm dificuldades com os encargos com que actualmente se defrontam. Mais despesas, mais dificuldades, obviamente. Se vivessemos uma situação de desafogo financeiro, se os clubes tivessem meios para obterem receitas, pois estas propostas tinham razão de ser, como isto não existe esta ideia é inócua e poucos muito poucos poderiam cumprir legalmente. Portanto estou frontalmente contra estas propostas e nomeadamente naquela que diz respeito aos massagistas, quando se sabe que a maioria do pessoal que por aí anda são individuos que não são diplomados mas são pessoas dedicadas e com conhecimentos dos primeiros socorros. No que diz respeito aos treinadores acho que há aqui um erro de análise pois já é obrigatório sentar-se no banco um treinador e deviamos ficar por aí. Agora ser obrigatório inscrever um treinador por categoria é efectivamente um absurdo e fico com a convicção de que há um desconhecimento total da realidade de quem teve esta lembrança. Esta medida a vingar pode pôr em causa as equipas B que muitos clubes hoje vão tendo e portanto é possível num clube, por exemplo com 10 equipas em competição resolver o problema com 6 treinadores desdobrando-se entre si. A forma proposta terão que estar 10 treinadores inscritos. Será o combate ao desemprego?

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