sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

APARECEU UM SALVADOR DA PÁTRIA

Hoje e neste momento é a minha parte política que funciona. Estava eu, como qualquer português que se interessa pelos problemas do País, absorvido pela discussão do Orçamento Geral do Estado, quando surge a candidatura do homem que tinha garantido, em Campanha Eleitoral para as Europeias, que iria cumprir o seu mandato em Bruxelas. Foi isso que Paulo Rangel afirmou nos seus discursos e nas suas intervenções na dita Campanha. Surpreendeu tudo e todos. Até os seus pares de Partido e nomeadamente a Direcção do seu Partido foram apanhados de surpresa. Para mim o mais confrangedor é a expressão usada por Paulo Rangel "um apelo moral e um dever cívico e de responsabilidade nacional". "Candidato-me com um total sentido de serviço", sublinhou o candidato. Estas expressões anunciam a chegada de um salvador da Pátria, isto é, ou eu ou mais ninguém. É efectivamente esta a mensagem que Paulo Rangel transmitiu ao País. E mais: quis dizer também que os outros candidatos da área do PSD, uns já anunciados e outros perfilados, não servem. Bom sou eu, disse Paulo Rangel. De facto isto faz-me lembrar um pouco os ditadores que se julgam superiores e não precisam de ninguém, precisam só que lhes obedeçam. São estas atitudes, que indiciam sede de Poder e que faz as pessoas, o povo, afastarem-se da política. É muito triste um político dizer hoje uma coisa e amanhã outra, mas a ganância pelo Poder é mais forte que uma atitude decente.

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