sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

A PROFISSIONALIZAÇÃO DA ARBITRAGEM

Não sou contra a profissionalização da arbitragem, embora tenha a certeza que não é por isso que os casos e a discussão acerca de uma área tão sensivel quanto esta vão deixar de existir. Errar é humano e portanto os árbitros quer sejam profissionais ou não, vão naturalmente continuar a errar e a questão que se põe é esta: O que vai acontecer a um árbitro profissional que por motivos diversos não tenha numa época um desempenho aceitável? É óbvio que pode haver momentos em que psicológicamente um árbitro possa não estar nas melhores condições e portanto não deve actuar, mas tratando-se de um profissional não pode estar a receber e não desempenhar a sua função. Qual é a motivação para um individuo se iniciar na arbitragem sabendo que a profissionalização é o pico da função, mas as suas capacidades para a função só são determinantes quando já tem a sua vida profissional definida noutra área ? Tomemos como exemplo o caso do Pedro Proença, um dos melhores, senão o melhor árbitro português, já anunciou a sua retirada com a profissionalização, pois tendo uma vida perfeitamente estabelizada não vai abandonar o certo pelo incerto, não é verdade ? Há outras questões, muitas, que devem ser questionadas, parece-me por isso que não é este o problema primordial do futebol português.

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