terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

GOSTEI DE OUVIR O ARQUITECTO RIBEIRO TELES

A propósito da catastrofe da Madeira, esteve num programa de televisão, o arquitecto Ribeiro Teles. Pronunciou-se obviamente sobre os crimes que se têm cometido no plano ecológico por força do desprezo que é manifesto sobre a natureza. Esta é de facto uma verdade indesmentivel, porque o negócio - o lucro - desafia a força da natureza, com resultados nefastos para as populações. Há quem lhe chame a esses crimes de natureza ecológica, progresso. E o progresso são estas imagens que nos chegam agora da Madeira, como já tem acontecido recebermos em nossas casas imagens de outros pontos do globo de situações idênticas. O lucro fácil, como interpretei nas palavras do Arquitecto Ribeiro Teles, conduz-nos a estas situações. O Ordenamento do Território existe só no papel e não é mais nem menos que uma mistificação com o objectivo de calar aqueles que têm preocupações de ordem ambiental em defesa da qualidade de vida das pessoas e da própria vida humana. Com todas as letras disse que os economistas são os culpados de tudo isto, porque só se interessam pelo lucro. O elevado valor que é atribuido aos solos é também uma causa dos crimes que se cometem e perguntava para quando uma intervenção do Estado na clarificação deste problema dos solos tão importante para o equilibrio da natureza e a precisar de legislação adequada e apertada? Os economistas proliferam por todo o lado, pelas televisões, jornais, rádios, debates, enfim ... mas estes pensam todos da mesma maneira, mas existem os que pensam de forma diferente e pensam que a economia deve ser acompanhada também de medidas sociais e não deve ter apenas e só o lucro como fim único. Bem, mas estes até parece que não existem e andamos nós a ouvir todos os dias debates sobre a operação FACE OCULTA!

1 comentário:

  1. O Arquitecto R. Teles sabe do que fala, para além da Madeira de que tanto se fala agora, (penso que vão reconstruir tudo na mesma em função do dinheiro, que fala mais alto, tomando como inevitável este tipo de acontecimentos, remetendo a responsabilidade para "as forças da Natureza" e a Geografia particular da Madeira.
    Também no que diz respeito a Lisboa e à qualidade de Vida das populações, R. Teles (e outros arquitectos) têm vino a advogar outras soluções, mas mais uma vez e com a conivência da Câmara Municipal de Lisboa, os cidadãos são preteridos sistemáticamente frente ao capital e aos negócios.

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