segunda-feira, 24 de agosto de 2009

A INTROMISSÃO DOS PAIS NO DESENVOLVIMENTO DOS JOVENS FUTEBOLISTAS

É verdade que os pais, dos jovens jogadores, no momento actual são exageradamente pressionantes quando os filhos não jogam por opção técnica. No futebol existem injustiças como em qualquer outro sector. Quando a opinião ou escolha depende do homem é óbvio que é discutivel. O importante na minha opinião,neste aspecto, como muitas vezes digo a alguns pais, é que as injustiças eventualmente cometidas pelos técnicos devia servir como medida pedagógica para educar os seus filhos quanto ao futuro, isto é, em vez de se criticar o técnico deviam demonstrar que na vida real as injustiças são frequentes e portanto uma eventual injustiça cometida pela opção do treinador devia constituir um ensinamento ou aprendizagem para mais tarde o jovem enfrentar o mundo real com outra predisposição ao atingir responsabilidades próprias quando a idade assim determinar. É pena que muitos não utilizem a actividade desportiva para educar os filhos e antes pelo contrário com a ânsia de que o seu filho tenha sucesso desportivo, sobretudo por verem nisso um futuro de grande alcance financeiro, alimentem muitas vezes a indisciplina e a insubordinação do atleta. É sabido que o sucesso que todos ambicionam e julgam que os seus filhos têm condições para o efeito, está reservado a meia dúzia deles. Estes sinais de contestação por parte dos pais, por acharem que o filho é melhor que os outros, surge em qualquer clube, do maior ao mais pequeno. Inventam-se as mais pitorescas histórias em favor de uma razão que em 99% dos casos não corresponde á verdade. Estes posicionamentos não trazem nada de bom à formação humana nem ao desportista e perdem-se às vezes valores, em termos de capacidade desportiva, por força das posições assumidas. No futebol cujo as equipas têm que ter mais elementos do que aqueles que são necessários para qualquer jogo, há sempre uns quantos que ficam de fora, e basta isto para que esses entendam que estão a ser prejudicados. Os treinadores ou o técnicos, actualmente têm conhecimentos de ordem pedagógica que adquirem na sua formação e por isso sabem lidar de forma correcta com o atleta e portanto não existem razões objectivas para a contestação a que muitas vezes os técnicos estão sujeitos. São estes que têm que decidir e naturalmente não agradam a todos. Quando se fala em formação, muitos julgam que a formação só tem a ver com os aspectos técnicos, não é assim, o atleta durante o percurso que se designa por formação tem que aprender não só os aspectos de ordem táctica/técnica, mas também comportamentos de ordem disciplinar e civica, a todos estes factores se chama formação, ou seja, não existe formação se os pressupostos de ordem técnica/táctica não conterem a componente social. O papel dos pais é importante mas se funcionarem pedagógicamente. Doutro modo desestabilizam e deformam.

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