sábado, 10 de outubro de 2009

OS NUMEROS DAS CAMISOLAS- COMO ISTO TEM MUDADO...

Apareceram nestes últimos anos, por aí, uns individuos, comentadores de futebol, que estudaram Direito, Engenharia, Medicina, Biologia eu sei lá mais o quê... Estudaram matérias de certo modo cientificas, mas revelam-se depois a comentar futebol, é aí que ganham notoriedade. Toda esta gente trouxe uma nova linguagem para o futebol, linguagem que nada tem a ver com o futebol e por isso ouve-se, nos comentários, falar-se em número 6 ou 10, sobretudo estes números. Eu sinceramente não percebo como existem jogadores, treinadores e outros agentes intimimamente ligados a equipas de futebol, que passaram a utilizar esta linguagem. Quando determinados comentadores se referem ao nº6 ou ao 10 é de pensar que qualquer dia para se referirem ao guarda-redes falamos na posição 1 ou 12. Ora o futebol não surgiu agora, tem regras e estes individuos lembraram-se agora de inventar posições para o futebol. Deixou na perspectiva destes senhores de haver as posições pelas quais o futebol sempre se regeu, o que permite dizer que um jogador pode jogar em determinada posição no terreno de jogo com a camisola nº 24 por exemplo e o comentador estar a afirmar que está a jogar muito bem na posição 6. Isto é caricato e revelador da qualidade dos nossos comentadores. Costumo dizer que falam muito bem, mas só isso, de futebol pouco percebem, mas que inventam é verdade e põem os homens do futebol a falar a sua linguagem, o que não deixa de ser estranho. Mas enfim ... Reparem no Cristiano Ronaldo, em que posição joga ? É guarda-redes, defesa central, avançado centro,o que é afinal ? Pois passou a ser conhecido pelo CR 9 ou por CR 7, portanto estes números por enquanto ainda não têm definição, o que me permite pensar que o Ronaldo é um jogador absolutamente vulgar porque não tem o tal número tão importante que hoje são referidos como importantes numa equipa de futebol. Os números nas camisolas dos jogadores cada vez têm menos importância, até porque há equipas hoje que já não seguem o modelo tradicional, ou seja, do 1 ao 11, portanto falar-se na posição 10 e recentemente ter aparecido a posição 6 é de facto uma questão tão insignificante e absurda que não valorizo em demasia e se hoje trouxe esse tema à baila é porque acho caricato e é uma via de promover a discussão sobre a forma como somos informados.

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