quinta-feira, 25 de agosto de 2011

CRIARAM UM BECO, NÃO É SEM SAIDA, PORQUE VAI TER SAIDA, MAS ...

Depois do êxito que a selecção de futebol de Sub 20 obteve no Campeonato do Mundo era conveniente e esperado que as discussões acerca do futebol se elaborassem baseadas na prestação de uma selecção que partindo para esta campanha de forma anónima, viria a dignificar, com coragem e categoria o futebol nacional.
Sou daqueles que penso que o futebol em Portugal tem virtudes e defeitos como em qualquer outra parte do globo sucede. Nós temos por hábito autoflagelarmos. Mas o facto é que há acontecimentos noutros países que também fogem à normalidade da actividade. Digamos que são a consequência da dinâmica das coisas sem que isso seja algo do outro mundo, como agora acontece em Espanha com a greve dos jogadores. É um facto normal, dos nossos dias, este acto que os futebolistas espanhois levaram à prática. Em Portugal, um acontecimento destes, dominaria toda  a discussão pública.
Aliás, cá no burgo está exacerbada a discussão acerca do boicote dos árbitros aos jogos do Sporting que o brilhantismo da selecção nacional não conseguiu evitar. Criou-se um beco que só pode ter uma saida: o bom senso. Bom senso que não existiu para o jogo Beira Mar - Sporting. Previ, que a solidariedade manifestada pela classe  a João Ferreira não ficaria por ali, pois não fazia sentido estar solidário só por um jogo. O SPORTING não desistiu do campeonato, vai continuar a jogar obviamente e o João Ferreira  está já com um inquérito às costas. O que é facto é  que se criou uma situação bastante complicada e que até ao momento não está totalmente sarada. 
Juntando todas as pedras deste puzzle, parece-me haver aqui uma nitida falta de entendimento entre as partes que estão no terreno. Parece-me ainda que o SPORTING é o menos culpado de tudo isto até porque criticas às arbitragens vêm de todo o lado e portanto o que é alegado para este movimento não me parece muito plausivel. 
Por último, surpreendeu-me o facto do meu amigo Vitor Pereira não ter conseguido controlar a situação, embora se empenhasse e utilizasse todo o seu prestigio, haverá certamente uma explicação para tudo isto, mas só o tempo trará á tona a verdade. Entretanto  pergunto até que ponto a questão tão propalada da profissionalização dos árbitros não teve influência neste xadrez todo?


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