sexta-feira, 24 de abril de 2009

O FUTEBOL EM MUDANÇA II

Uma das razões apontada para a alteração dos QUADROS COMPETITIVOS, dizem as Associações e a Federação, é o problema financeiro. O Clube Futebol Benfica tem manifestado posição contrária às alterações preconizadas porque entende que esta não é a solução ideal nem para os clubes nem para o futebol nacional.É óbvio que o futebol atravessa um mau momento em termos económicos. A esta situação não é alheia a debilidade financeira dos clubes portugueses, que se manifestou desde que o futebol despontou em Portugal, iniciando-se sob a forma de amadorismo, mas evoluindo ao longo dos tempos, primeiro para uma fase semi-amadora ou semi-profissional e na década de 60, sem as incidências de hoje, começou a desbravar o caminho do profissionalismo. As regras foram-se aperfeiçoando, a exigência também se reforçou, os clubes foram descobrindo receitas, mas chegou-se a uma fase em que é preciso repensar o futebol em Portugal. Com isto não quero dizer que o futebol tenha que acabar, isso não é possível porque a dimensão atingida jamais consentirá que isso aconteça. O Mundo mudou é um facto como mudaram lógicamente as regras e a vida das sociedades, por isso vai-se menos ao futebol, ao hóquei, ao basquetebol, ao andebol e na mesma medida vai-se também menos ao cinema, ao teatro, enfim e a outros espectáculos que outrora enchiam salas e recintos. ESTA É A REALIDADE e o resto, bilhetes caros, fracos espectáculos, arbitragens de pouco nível, é CONVERSA e FALHADA. Em 1884, quando os irmãos Pinto Basto, que estudavam em Londres chegaram a Portugal com uma bola e se realizou o primeiro jogo em Cascais, num ápice o futebol ganhou dimensão e os passeios domingueiros que o povo tinha como preferência na Avenida da Liberdade, onde as donzelas desfilavam com os trajos da época, passou para segundo plano e rápidamente o jogo passou a ter um peso significativo na sociedade de então. Foi pois obra dos homens daquela altura a projecção que este desporto atingiu, por isso creio que hoje é exigivel aos homens de agora imaginação de forma a continuar a promover o futebol e não criar regras e condições para que este se auto-destrua.

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