sábado, 25 de abril de 2009

O FUTEBOL EM TRANSFORMAÇÃO III

A ambição do homem, costuma-se dizer, não tem limites. O futebol e o desporto, de certo modo têm sido vitimas de ambições desmedidas, muito embora essas ambições nalguns casos tenham promovido algumas instituições que sairam do anonimato mercê da ambição. A ambição não é defeito desde que moderada e à medida da dimensão de cada um sem excessos e sem demagogias. No entanto nem sempre é possível conciliar estas ambições desmesuradas com a realidade por força da competitividade a que os clubes estão sujeitos. Pede-se constantemente a diminuição dos impostos para as Empresas e outras organizações e ao futebol é exigido cada vez mais regras castradoras que põem em causa a existência de muitos clubes, sem que haja um estudo profundo sobre o peso que a actividade tem na economia do País. Alguém, com condições e de uma forma sábia, já fez um estudo acerca de quantos cidadãos ganham a sua vida nesta actividade ? Qual o peso que o futebol tem na economia portuguesa, alguém sabe ? Penso, que o futebol, os organismos que o dirigem, deviam ter esse tipo de preocupação na medida em que podiam demonstrar com eficácia a importância do mesmo, tanto no plano económico como no plano social. Estes estudos ou estes conhecimentos serviriam para combater alguns que mais não fazem do que pôr em causa a modalidade rainha do desporto mundial. Mas enquanto os Programas de Televisão, Rádio e os Jornais continuarem a discutir os penaltis do BENFICA, SPORTING E PORTO e não houver alguém ou a estrutura que REPENSE o futebol, os clubes portugueses continuam a agonizar e a sair de cena. Não é pois com medidas já conhecidas que vamos a algum lado, isso é chutar para o lado e assistirmos impávidos e serenos ao declinio dos clubes e do futebol. O FUTEBOL EM MUDANÇA É ISTO MESMO: mais dificuldades, mais impostos, mais regras que simultâneamente acarretam mais despesas, enfim ... Não acredito, contudo, no colapso final.

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