terça-feira, 5 de outubro de 2010

A IMPORTÀNCIA DO FUTEBOL NÃO PROFISSIONAL EM TODO O CONTEXTO DO FUTEBOL NACIONAL

Há uns anos atrás debrucei-me sobre a contribuição do Futebol Não Pofissional para a evolução do futebol. Depois de um estudo aprofundado cheguei à conclusão que cerca de 52% dos jogadores portugueses que jogavam ao mais alto nivel em Portugal, tinham provido do futebol amador. 

O Comité Executivo da UEFA, reconhecendo a importância do futebol amador, reunido em 7 de 7 de Julho de 1996, instituiu uma Comissão para se dedicar exclusivamente ao sector amador do futebol europeu. Esta Comissão para o futebol amador foi encarregue de tomar medidas apropriadas à promoção do futebol amador ou futebol de base no seio do futebol europeu, uma vez que 95% do total de homens e mulheres que jogam futebol estão integrados neste sector.

Apesar de tudo isto o Futebol Não Profissional, continua a ser desconsiderado, sobretudo pelos  comentadores que entram todos os dias pelas nossas casas através das televisões.  Ignoram e não sabem patavina da organização futebolistica e portanto de vez em quando mete dó ouvir esses senhores com ares de sapiência falarem de coisas que não dominam e que os leva a comentários perfeitamente ridiculos. Uma coisa sabem esses "doutos" comentadores: ganhar bem para aquilo que sabem da matéria.

Esta desconsideração ou este desprezo a que todos os que lutam no dia a dia e de forma absolutamente benevola para manter este edificio do futebol em pé, estão sujeitos, leva-me por vezes a tirar conclusões baseadas na realidade. Por isso desta vez lembrei-me de fazer uma viagem ao mundo dos treinadores e assim aqui fica uma amostragem da influência em termos de formação e valorização que o Futebol Não Profissional teve em muitos dos treinadores portugueses que estão a trabalhar neste momento ao mais alto nível.
   
Numa ordem perfeitamente arbitrária aqui estão alguns dos profissionais em questão e a sua descendência clubista.

DAUTO FAQUIRA, treinador do Olhanense, iniciou a sua actividade como treinador, no SINTRENSE; PAULO BENTO, seleccionador nacional, jogou no PALMENSE E FUTEBOL BENFICA; PEDRO CAIXINHA, treinador do União de Leiria, começou no DESPORTIVO DE BEJA; LEONARDO JARDIM, treinador do Beira Mar, iniciou-se no CAMACHA; JESUS, treinador do Benfica, começou por treinar o AMORA, PAULO SERGIO, treinador do Sporting, jogou no VILAFRANQUENSE; RUI VITORIA, treinador do Paços de Ferrreira jogou e treinou o VILAFRANQUENSE; os irmãos AURÉLIO E CARLOS PERREIRA, começaram por treinar o FUTEBOL BENFICA; MANUEL FERNANDES, treinador do Vitória de Setubal, iniciou a carreira de jogador no JUVENTUDE SARILHENSE; PESEIRO, actualmente no estrangeiro, iniciou-se como treinador no UNIÃO DE MONTEMOR.

É pois exemplificativo, estes nomes destes homens do futebol, o peso que o futebol amador tem no edificio da estrutura da modalidade em Portugal.

Jogadores, árbitros e treinadores, na sua grande maioria passam e obtêm formação nos clubes que são tantas vezes esquecidos, por quem faz do futebol profissão.

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