quinta-feira, 30 de julho de 2009

AS DIFICULDADES SÃO CONSTANTEMENTE MAIORES

Há clubes a desaparecerem de competir por força das condições económicas. Se é certo que isso acontece, não é menos certo que esta situação não é proveniente da conjuntura actual. Hoje é fácil usar ou proclamar o momento esonómico/financeiro como maleita das dificuldades. O problema para mim é muito mais vasto. Tem porventura outras cambiantes. Se me disserem que as dificuldades económicas que as populações atravessam têm também influência é claro que estou de acordo.Não posso é atribuir a exclusividade desta crise que se manifesta todos os dias e de forma espantosa, vejamos os clubes com passado e prestigio que estão a agonizar e cujo futuro é deveras dificil prever para verificarmos que as consequências do passado são hoje bem evidentes. A seguir ao 25 de Abril de 74 existiu de Norte a Sul do País, incluindo as Regióes Autónomas, um desejo inusitado de participar colectivamente e os clubes e colectividades foram os principais agregadores desse desejo indómito de fazer e construir coisas novas. Atravessámos a década de 70 com fervor revolucinário -porque não dize-lo - mas na década de 8O fruto de alguma prosperidade que o País vivia surgiram novos personagens na cena desportiva portuguesa e naturalmente nos clubes de futebol, onde viriam obter alguma notoriedade e prestigio. É evidente que se criaram estruturas e de alguma forma quer se queira ou não houve evolução significativa no desporto nacional. Mas a ânsia e o desejo de se tornar notado levou a que os dirigentes desportivos, na sua grande maioria, não olhassem a meios para atingir os fins e hoje se rebuscarmos o passado e desde que se saiba alguma coisa disto conclui-se com toda a naturalidade que se criaram, nessa época, vicios que hoje estão a ser pagos pondo em causa a própria existência dos clubes. Creio também que a legislação que ao longo dos tempos tem sido "fabricada" não se adequou à nossa realidade. A criação e a fomentação das SAD para mim é um exemplo de que houve fuga p'ra frente, com defeitos e virtudes nalguns casos, cujo objectivo não foi nada menos nada mais que cicatrizar algumas feridas já latentes mas sem cura possível. Sem receitas e sem o entusiasmo que se viveu noutros tempos e com as despesas a aumentarem AS DIFICULDADES SÃO CONSTANTEMENTE MAIORES.

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