quinta-feira, 23 de julho de 2009

DECISÃO FORA DE TEMPO

Duas ou três coisas apetece-me dizer sobre esta decisão do Conselho de Disciplina da FPF relativa ao jogo de juniores Sporting-Benfica. Uma primeira tem a ver com a decisão tardia. A decisão para um caso destes devia ser célere, mas também sei que com os actuais regulamentos era impossível uma solução em tempo útil. Quando da discussão da nova Lei de Bases do Desporto, apresentei algumas ideias, num documento de 25 páginas, das quais destaco a que se referia à composição dos órgãos federativos de caracter juridico: Conselho de Disciplina e Conselho de Justiça. Defendi ou melhor propus nesse documento que a estrutura disciplinar da FPF devia ser toda ela profissionalizada. Assim em tempo útil um processo desta natureza era possível ser resolvido e neste caso concreto, certamente, teria outra solução que não esta. Pois é evidente que nesta fase, ou agora, os Conselheiros também, naturalmente, acabam por ser influenciados na decisão a tomar, isto é, face aos acontecimentos se eles acontecessem noutra fase do campeonato a solução seria outra de certeza absoluta. Assim, causa suspeita e como tal pouco abonatória para este órgão da Federação, já de si tão fragilizado por outras decisões tomadas. É de bradar aos céus o Dr. Arnaldo Marques da Silva, Presidente daquele órgão, não saber que a decisão tomada originaria como consequência a entrega do título ao S L BENFICA. Todavia, nada me admira decisões controversias, pois eu próprio, fui penalizado por este senhor, penalização que teve origem num Colóquio sobre futebol juvenil, na distante Ilha do Pico, num desentendimento entre mim e o Presidente da Câmara daquela Ilha, desentendimento esse que tinha a ver com a ignorância daquele senhor Presidente de Câmara ao confundir o FUTEBOL BENFICA com o SPORT LISBOA BENFICA e por muito que lhe explicasse que eram duas entidades distintas o senhor não conseguiu entender e culminou dizendo então que o FUTEBOL BENFICA era a equipa B do BENFICA e pronto está tudo dito, portanto a partir daqui desconfio de qualquer decisão deste Conselho. Mas o cerne da questão é a demonstração da minha razão quando propunha a profissionalização deste órgão para agilizar os processos. Não foi desta que seguiram a minha sugestão, mas um dia dar-me-ão razão, não é possível manter este sistema sem que haja injustiças, outro caso flagrante é o caso Paulo Bento, em que espera há 7 ou 8 meses por uma decisão disciplinar. Não me digam que não tenho razão.

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