quarta-feira, 20 de abril de 2011

A IMPORTÂNCIA DO DESPORTO

A IMPORTÂNCIA DO DESPORTO MERECE QUE SE FAÇAM ALGUMAS REFLEXÕES

As Nações Unidas e o Conselho da Europa reconhecendo a importância do desporto, não têm dúvidas que este é um factor determinante na inclusão e coesão social.

O desporto constitui um direito para o cidadão e um dever para o Estado como um valor no reforço da cidadania e como um elemento de coesão entre as pessoas e os povos.

Já no Império Romano, o desporto era uma preparação para as actividades guerreiras, assim como um meio para reforçar o carácter. Na Idade Média, o desporto restringe-se à prática do tiro com arco, equitação e esgrima. No século passado renasceu o gosto do homem pelo exercício físico. A frase mente são em corpo são reflecte o espírito que anima os desportistas, com toda a propriedade esta frase realça a força do desporto.

A resposta, hoje, em pleno século XXI, está suficientemente documentada de forma científica que ninguém põe em causa as suas múltiplas funções na melhoria das condições de vida dos cidadãos. Pois desporto significa pedagogia, educação, cultura, convivência, em suma pode dizer-se, contribui para uma melhor formação do ser humano.

Hoje é sabido a forte dimensão recreativa, cultural, social e económica que o desporto atingiu. 
Defendi no Congresso do Desporto que é necessário clarificar de uma vez por todas o que é desporto amador e desporto profissional. Quando se fala em desporto ou atletas amadores, tem que se perceber que este tal como o profissional deve ter regras bem definidas que não foram até agora suficientemente perceptíveis na Lei.

É de admitir que aqui existam variadas vertentes porque o sistema em si também comporta factores diversificados, mas a obtenção de uma reflexão séria para decidir em última análise passa exactamente pelas sugestões e considerações dos agentes desportivos que conhecem os problemas e estão habituados a resolve-los.

 Por  outro lado devíamos ter algum conhecimento real do que acontece com a prática desportiva em Portugal, isto é, o que se passa no Desporto Escolar; se existe Desporto Militar; Como é o Desporto nos Grupos Desportivos de Empresa; no INATEL, enfim … Só assim se pode fazer alguma discussão com base na ponderação das necessidades concretas e já sentidas.

Frequentemente se ouve  que somos os últimos dos 27 da Europa em termos de prática desportiva,,isto não deixa de ser redutor e muito pouco convincente na medida em que não é possível responder com os dados que possuímos a questões como as que carecem de ser respondidas relativamente aos números verdadeiros, como sejam: Quantos portugueses praticam desporto? Sabe-se apenas que existem 400.000 praticantes federados e o resto? Quem sabe quantos ginásios particulares existem? E o número de praticantes que comportam?
Quem sabe quantos portugueses fazem desporto fora dos clubes ou colectividades?
Quem sabe quantos grupos informais se juntam para praticar seja que desporto for?

Julgo que deveríamos de partir de algumas bases de dados relativos à prática desportiva, dados estatísticos que nos permitissem partir para um debate profundo e com qualidade para se atingirem os objectivos que se pretende e responder com a urgência possível aos problemas mais candentes deste espaço social. 

O Desporto Federado assume um papel decisivo na prática desportiva dos portugueses. Infelizmente há muito comentador a falar sobre desporto sem saber do que fala. Os nossos críticos acabam sempre por cair na crítica fácil e demagógica que se resume às incidências do desporto Federado, tendo sempre como ponto fulcral o futebol.

Os que apesar de criticados e mal tratados, os dirigentes sem rosto, acabam por ser eles que mantêm uma dinâmica desportiva que dão alma ao País, todavia, estão fora da contenda. Quem sabe das necessidades, das dificuldades, de como se organiza, do que é preciso fazer para pôr uma equipa quer seja de futebol ou outra qualquer modalidade a funcionar, são os que sem receberem nada, nem mesmo  protagonismo,mas servindo a comunidade, de forma desinteressada com um alto risco de responsabilidade tanto moral como cível. Qualquer dirigente associativo está sujeito, por fazer bem, a ser responsabilizado judicialmente por questões ligadas apenas e exclusivamente à actividade do seu Clube ou Colectividade em situações que por vezes são originadas pelo próprio sistema e no intuito de resolver problemas que ponham em causa o funcionamento da Colectividade. Falta muitas vezes sensibilidade para esta massa anónima que é tratada, perante as dificuldades, como qualquer outro elemento marginal da sociedade.

Há um número enorme de pessoas envolvidas nas mais variadas acções que auferindo muito pouco pelo trabalho desenvolvido, não deixa todavia, de contar para o seu orçamento familiar Daí também poder considerar-se, com toda a propriedade, que há efectivamente um grande peso social e económico nesta área, ou seja, é o desporto amador um parceiro social e uma parcela importante do ponto de vista económico e social da sociedade portuguesa, razão pela qual e com toda a legitimidade as organizações ligadas ao desporto amador tenham  intervenção nas decisões e na legislação que regulamente esta actividade humana.

Apesar do desencanto de alguns e da maledicência de outros, não tenho dificuldade em aceitar que algo de bom se tem feito no desporto em Portugal. PORTUGAL, País de 10 milhões de habitantes, tem, contudo, obtido algumas performances em termos de resultados desportivos a nível internacional, não obstante as dificuldades económicas com que os clubes sempre se debateram.

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