sexta-feira, 29 de julho de 2011

ESTE PAIS ESTÁ MESMO CINZENTO. MARQUES MENDES É UM ESPECTÁCULO!

Estou a ouvir Marques Mendes, na TVI. É um espectáculo este homem. Ouço-o porque gosto de espectáculo, gosto de me divertir. gosto de me rir, com este pavãozito, que nada diz mas sai convencido que muito disse.

Fartou-se de dizer disparates. Nomeadamente no que diz respeito às Empresas Publicas.

 Era bom que se  explicasse porque razão o Privado quer deitar as unhas a Empresas que dão um prejuizo danado;

Era bom que este sapiente pavão, nos explicasse a nós todos,  se os nossos impostos servem apenas e só para pagar os ordenados e as reformas escandalosas aos amigalhaços, que passaram pelo sector público, como por exemplo Mira Amaral, que em 18 meses de CGD está reformado com 250 mil euros anuais, segundo divulgação do Diario de Noticias;

Era bom que em vez de estar a fazer ali um papel de moço de recados, fosse  didáctico e explicasse o que são Empresas Públicas e porque o  são e qual o papel do Estado nestas Empresas. Mas claro, para explicar isto não seria ele o comentador de serviço. Ele está a cumprir um papel e a ganhar o seu dinheirito que ao que se sabe não é pouco. Mas o povo gosta disto e vai comendo disto. Ouve uns disparates, fica convencido e no fim ainda diz que bem que o homem fala (por acaso não é assim porque o senhor engasga-se um pouco, parece-me que tem pouco vocabulário) e só não bate palmas porque se o fizesse era tempo perdido porque o   Estudio  está longe e o homenzinho não ouvia.

Mas como Marques Mendes e não só este Marques Mendes outros Marques Mendes que preenchem os Programas das televisões, nunca explicaram o que é uma Empresa Pública eu vou  dizer qual deve ser o papel das Empresas Públicas. 

Entende-se por Empresas Públicas aquelas que prestam serviço público e que estão sob a tutela  do Estado pela função social que desempenham. Ora este papel ou este serviço, porque é  público e que está vocacionado para determinada função, não existe para dar lucro. Carris, Metro, CP, Transtejo, Hospitais, Escolas e Universidades, são  serviços públicos, que forçosamente têm que existir numa sociedade civilizada e a caminho do progresso. Este tipo de Empresas, estão sob a tutela de três Ministérios que obviamente existem para administrar o melhor possível mas sem a preocupação do lucro, já que não essa a função do serviço público.

Contabilisticamente falando, se as Empresas são Públicas e prestam serviço Social que é ao fim e ao cabo a sua função, o Estado tem o dever de compensar os custos sociais. Há estudos que nos permitem chegar à conclusão de quanto custa o transporte de uma pessoa, por exemplo. Ora o Estado devia de pagar a diferença entre o custo e o que é pago pelo o utente do serviço. Estabelecido este principio, a Empresa receberia esta diferença e portanto estava cumprida a função Social do Estado.

Em Portugal e desde o 25 de Abril, por incrivel que pareça, o Estado, os Governos, que têm dirigido o País nunca assumiram contabilizar estes custos desta maneira. Porque razão? Para pôr em causa o Sector Público e afirmando constantemente que este é o grave problema do País. E  então pergunta-se: Então qual é o papel do Estado? Para que serve os impostos que nós pagamos? Então para que serve o Estado?

O Estado tem servido para entregar ao Poder Económico as garndes Empresas deste País, ou seja, as Empresas que podiam servir para dinamizar o País de forma organizada e equilibrada, como a EDP, a GALP, a BANCA, os SEGUROS e outras menos conhecidas mas cujo influência em termos estratégicos quer económicos quer de desenvolvimento seriam importantes para a nossa economia e para o bem estar de todos nós.

É claro que não é com esta gente, como Marques Mendes, que são aos montes, nos canais  televisivos, a desinformar as pessoas. Deviamos de olhar uns para os outros e sentirmos orgulho no País que nos viu nascer, infelizmente Portugal está mergulhado numa crise de valores, de oportunistas, de malfeitores e sobretudo de vendedores de banha da cobra. 

Temos um longo caminho a percorrer. Fomos amordaçados antes, somos espoliados agora. Esta é a triste sina dos portugueses.





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