quarta-feira, 11 de março de 2009

A QUESTÃO PSICOLOGICA FACTOR DETERMINANTE NO DESPORTO

Hoje a conversa do dia foi a goleada que a equipa do Sporting sofreu em Munique. Houve análises para todos os gostos. Desde criticas ao Paulo Bento, a jogadores sem nível para representarem o Clube, enfim... Esta derrota serviu para lançar farpas em todos os sentidos. A estrutura e a Direcção também vieram para as bocas do Mundo. Não vou usar aquele provérbio popular "casa em que não há pão todos ralham e ninguém tem razão" porque não consta que o Sporting tenha salários em atraso. A qualquer um, mesmo não sendo do Sporting custa aceitar uma derrota tão volumosa quanto esta, mas o futebol é pródigo em surpresas e quando há fragilidade na estrutura que compõe a organização, diz-me a experiência, que essa fragilidade se transmite rapidamente aos interpretes em que todos focalizam as atenções, neste caso está portanto a equipa de futebol. Não há equipa que resista a tanta contestação. O Sporting é muito frágil estruturalmente no ambiente que rodeia a componente desportiva. Razão tinha o Paulo Bento quando há dias dizia que a massa associativa do Benfica era diferente, que apoiava a equipa mesmo quando esta estava numa situação menos boa e é um facto. Na verdade, não existe grandes razões para a massa associativa do Sporting se manifestar como o tem feito, injustamente, atirando farpas em todos os sentidos, quando a época de certo modo ainda não está perdida. Uma palavra para Paulo Bento. Conheço o Paulo Bento, razoavelmente, sei que tem um perfil psicológico bastante elevado e esta derrota não é mais do que um resultado negativo na sua carreira, mas só isso, porque o Paulo é forte e a esta hora já ultrapassou esse jogo menos feliz. Sucede a todos. Neste momento, pela pressão, todos estão sujeitos a um grande desgaste psicológico. Os jogadores, esses, com o decorrer dos jogos vão-se recompondo. Os responsáveis do Clube continuam a sofrer com os traumas da derrota ou das derrotas, o que provoca muitas vezes desequilibrios em termos de bem estar e de saúde, por isso nessas alturas o perfil psicológico é importante e decisivo, para poder suportar a pressão vinda de fora. Não é fácil ser dirigente em Portugal, os dirigentes são muitas vezes injustiçados e caricatamente até sucede que recebem criticas do seu clube e dos adversários. Tenho-me visto muitas vezes em situações semelhantes por isso sei bem o que custa digerir a maldicência, a mentira, a provocação e as culpas que nos são atribuidas sem que para isso tivessemos feito alguma coisa, que não fosse emprestarmos os nossos melhores esforços no sentido de conduzir os clubes a bom porto, daí este meu escrito que visa prestar homenagem a todos os dirigentes desportivos deste País que sofrem na pele a consequência da sua dedicação e empenhamento a causas tão nobres como é esta de ser dirigente desportivo.

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