Sem dúvida que o caso Carlos Queiroz, na minha modesta opinião, é o tema mais importante do futebol português de momento. Bem sei que se iniciou o Campeonato Nacional de Futebol (para mim continuo a tratar as coisas pelo devido nome, sou pouco avesso a modernices que nada alteram o statu quo) e mesmo sem as derrotas do Benfica e Sporting na primeira jornada, claro está que o caso Carlos Queiroz seria sempre um assunto de 2ª página. Infelizmente, digo eu.
Carlos Queiroz é por força da sua posição - Selecionador Nacional - indesmentivelmente figura pública deste País. É-lhe exigido, portanto, como cidadão com alguma notoriedade na sociedade
contenção nos actos e nas palavras.
De facto o Carlos (tratamento habitual do Ronaldo) não tem sabido gerir da melhor forma os seus inêxitos. Tudo lhe aguça a imaginação para a desculpa, para culpabilizar quem quer que seja, quase sempre de forma despudorada, não olhando a meios para atingir fins, mesmo sendo parte activa nas decisões.
Agora ficamos a saber, pela boca do Carlos, que o campo do Real Massama, também tem culpas no cartório deste intrincado problema.
Esta desculpa do campo faz-me lembrar aquela afirmação "do amadorismo existente na FPF". Fiquei tão perplexo, quando ouvi esta afirmação, que de imediato, interroguei-me: Que treinador é este, letrado, exigente, sabedor, profissional de grande nível, que se atreve discutir com amadores as condições em que Portugal iria participar no Campeonato do Mundo ?
A quem não vacilou, às exigências que foram feitas, pelo menos é isso que por aí se ouve, o Carlos chama "amadorismo". Boa maneira de sacudir água do capote, a sua forma essa sim, amadora.
Colocar a fasquia quanto às aspirações nacionais tão elevada como o fez é correr riscos que depois têm que ser assumidos com honra e dignidade .
Um treinador competente e sensato, que vai disputar um Campeonato do Mundo, nunca deixa todo um povo enfeudado à conquista do mesmo. Tem que saber que no futebol não há vencedores antecipados. Tem que saber que há variantes que podem influenciar os comportamentos dos atletas, dos árbitros, da complexa organização do próprio campeonato.
A equipa nacional, quanto a mim, obteve um honroso lugar, ainda por cima foi eliminada por aqueles que se sagraram campeões, portanto, todos ficariamos satisfeitos, não fosse a enorme expectativa criada e empolada, por Carlos Queiroz, e hoje a Nação estaria naturalmente, não digo orgulhosa, mas estaria satisfeita pela participação portuguesa.
O ou os acontecimentos da Covilhã e todos os outros que se seguiram, com jogadores e outros que por aí se fala à boca fechada, são fruto da prosapia do seleccionador.
Sem comentários:
Enviar um comentário