segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O FACILITISMO ACTUAL E O SECULO XVIII

JEAN D'ALEMBERT e DENIS DIDEROT

Os Coordenadores da Enciclopédia do Iluminismo

Os ideais iluministas levou a que estes dois filosofos se dedicassem a criar a Enciclopédia do Iluminismo, com a convicção que "através do saber criavam o cidadão esclarecido"

Em meados do seculo XVIII já a ciência tinha feito importantes descobertas e o saber suplantou o que até então dominava e orientava a vida, a fé, por isso o saber devia estar ao alcance de todos.

Se o conhecimento, a ciência, passou a ser a nova ordem, então tornava-se necessário toda a acumulação da sabedoria ser compilada e simultâneamente torná-la acessivel. A compilação da Enciclopédia do Iluminismo demorou cerca de 30 anos.

Isto leva-me a um texto que reproduzo aqui na integra:

ESCLARECIMENTO COMO CHAVE PARA A LIBERDADE

"O acumulo do saber e uma educação norteada pela razão deveriam fomentar a capacidade de raciocinar de modo autonomo e responsabilidade própria. Essa imagem de mundo excluia tanto a superstição como o êxtase religioso como a repressão por um governante absolutista. Assim, a Enciclopédia foi uma obra-chave do iluminismo cujo projecto era libertar o ser humano da "dependência auto-imposta" como formularia o filosofo alemão Immanuel Kant (1724/1804)

O cidadão tornado responsável através da educação e do saber teria direito a participar das decisões politicas da sua siciedade. Na visão de Jean Jacques Rousseau (1712/1778) esse "cidadão esclarecido" é tão abrangentemente que pode se submeter ao "contrato social" sem abrir mão de suas liberdades pessoais. Esse ideal de uma "vontade-geral" influenciou numerosos pensadores e filosofos do seculo 18."

Ora aqui está a verdade sobre a libertação do homem. O conhecimento, a cultura, o saber, são factores importantes para a consciência e para as decisões a tomar. Quando não se sabe nada, não percebemos, não temos opção própria, somos facilmente manipulados. É por isso que há sociedades que investem pouco na educação e na cultura do seu povo. Nós somos um belo exemplo. Nestes 36 anos, pós 25 de Abril, a cultura e a educação têm estado fora do ciclo das grandes opções dos governos. Porquê ? Assim é mais fácil governar.

A liberdade de um povo assenta no pensamento, no conhecimento, no saber para onde vai, é exactamente por isso que os movimentos civicos que surgem aqui e acolá são importantes para a formação cultural e civica de todos.

Estou a lembrar-me da acção levada a efeito para comemorar o centenário da Vila Ventura e dos comentários depreciativos, poucos é certos, que se ouviram, reveladores, portanto, do deficit cultural ainda existente na sociedade portuguesa.

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