segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O DESCONTENTAMENTO É EVIDENTE

Não vale a pena esconder a realidade. Vivemos uma situação explosiva, já! Escondida é certo, mas de contornos e decisões imprevisiveis.

Ha quem queira mascarar o momento actual, deturpando aquilo que é real. Lançam-se ideias, preconizam-se conceitos e soluções já experimentadas ao longo destes 30 anos. Continua-se a adiar o inadiável.

 A vida tem-nos mostrado que este não é o caminho. Por razões óbvias e confirmadas é preciso criar outro tipo de sociedade. As pessoas são "levadas", passo o termo, pela informação vigente. São muitos os opinadores que entram pelas nossas casas todos os dias, mas as opiniões são coincidentes, perfilham o mesmo estilo de sociedade. Eu sei que a informação está na mão do PODER DOMINANTE e este não é mais nem menos que os grandes grupos económicos e quando se diz isto, as reacções, até do povo anónimo, é de confrontação, isto é, defende e posiciona-se na mesma órbitra. 

Goste-se ou não, Carvalho da Silva diz isto com alguma insistência: "O trabalho tem que ser valorizado". Claro que isto tem uma conotação ideológica que é evidente é contrária ao rumo que os Estados estão a seguir por toda a Europa. As populações reagem, nalguns casos com violência e por enquanto tenuamente e envergonhadamente, digamos assim, uma parte pouco significativa das mesmas, contudo, já não passa despercebida a instabilidade que se alastra por sectores até há pouco acomodados.

Dizer-se que estavamos a viver acima das possibilidades é profundamente errado.  Nenhum desses "parladores" que nos querem influenciar através dos meios que têm à sua disposição, me convencem. A mim tinham que me explicar porque razão a riqueza está cada vez mais concentrada (as estatisticas assim indicam). Provenientes dos esquemas especulativos e são vários que se montaram em proveito próprio, sugando assim uma parte importante da riqueza para um bolo que cresce todos os dias, é a razão principal das dificuldades por que passam as sociedades. Este tipo de economia selvagem conduz-nos à mais vil usurpação de dinheiros que bem utilizados dariam de comer a todos e evitaria cenas de miséria, chocantes, como hoje se vê por todo o lado. Presentemente, com a maior das desfaçatez, aceita-se na sociedade um número imenso de pessoas a viverem na rua, arranjou-se um nome, não se resolveu o problema, passou a ser uma classe: OS SEM ABRIGO. Que raio de sociedade é esta que não consegue no século XXI organizar-se de forma a evitar este cancro social?

Hoje é visivel, a classe média, as profissões liberais, sentem na pele as mesmas dificuldades que o trabalhador braçal. Há que arrepiar caminho, estamos a construir uma sociedade tipo salve-se quem puder . É mais que certo que mesmo aqueles que vivem razoavelmente e que têm sentimentos de solidariedade abominam este tipo de sociedade. Eu sei do que falo, lido com estas questões todos os dias por isso me revolta ouvir gente falar destas coisas e proclamar medidas que vão agravar estas situações e entretanto ouve-se um Deputado dizer que ganha mal e um candidato a Primeiro Ministro dizer que não vai oferecer prendas à mulher por dificuldades económicas. É  indecente ouvir isto de gente  responsável tanto mais que preconizam medidas que conduzem inevitalmente a mais miséria.

Não tenho dúvidas a situação é grave e tende a agravar-se, mas acredito que existem medidas capazes de resolver este estado de coisas, é preciso é lutar contra esta corrente dos mercados, da bolsa, de negócios especulativos que os governantes vão fazendo aqui e acolá para dar cobertura ao Poder Económico que tem rostos  os quais absorvem os rendimentos provenientes desta gestão que defende os poderosos.  

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