GALERIA DE CAMPEÕES
Ñão pára a extraordináriA HISTÓRIA DESTE CLUBE
Ñão pára a extraordináriA HISTÓRIA DESTE CLUBE
(continuação de ontem)
Naturalmente que o grande entusiasmo, que nunca é demais referir, que existia logo obrigou o clube a tornar-se ecléctico e por isso ao longo de toda a sua existência várias têm sido as modalidades praticadas pelo Clube, desde o ciclismo ao râguebi, passando pelo voleibol, ginástica, basquetebol, hóquei em campo, hóquei em patins, futebol, andebol, ténis, luta de tracção (muito popular antigamente) e outras.
De todas elas guarda o Clube gratas recordações. Com efeito, na sua Sala de Troféus todas estas modalidades estão representadas através dos troféus conquistados, que espelham bem o valor evidenciado pelos seus atletas ao longo do tempo.
Após a reorganização, o Clube conquista o seu primeiro título regional, no hóquei em campo, na época de 1934/35, no 2º ano, portanto, de actividade.
Fácil é compreender-se o efeito que este primeiro título teve no seio da massa associativa e no bairro. Encheu de júbilo toda a população do bairro, que de um modo geral dispensava um carinho especial ao Clube. Era, pois, o 11º. Campeonato da modalidade que se disputava e a partir dai o FUTEBOL BENFICA passou a ser sempre candidato nº 1 conquista à conquista dos campeonatos de Lisboa e mesmo nacionais
Todo este ambiente, toda esta euforia, todo este entusiasmo, empolgou as gentes do Clube para outras iniciativas, não só desportivas como também culturais, e diga-se que tudo se tornava fácil, as pessoas colaboravam, dedicavam-se e trabalhavam com o fito de tornar o FUTEBOL BENFICA maior e multifacetado, isto é: não só o desporto fazia parte da vida deveras empolgante que o Clube atravessava mas também a actividade cultural constituía, de facto, uma parte importante da vida do Clube.
É assim que em 1935 o Clube se abalança a organizar a Marcha de Benfica, tendo ganho nesse mesmo ano o Prémio da Alegria, bem como em 1964 e 1965. E foi com a mesma alegria e vivacidade que em 1941 obteve o 1º prémio da classificação geral, o 4º em 1955 e o 5º em 1969 e 1982.
Naturalmente que também os feitos alcançados nestas andanças criaram uma certa responsabilidade ao Clube e prestigio nestas organizações, por isso mesmo a Marcha de Benfica tem sido sempre organizada pelo nosso Clube, que continua a ser conhecida pela Marcha da Alegria e Vivacidade
Em 1936, mais concretamente na assembleia geral de 31 de Agosto, por proposta de Vicente Caleya Ribeiro, dá-se a primeira alteração nos equipamentos oficiais do Clube. As equipas do Clube passam a usar calções pretos, em vez de cor branca em vigor até aí.
1940/41 marcou uma fase de grande progresso da Colectividade. É em 1940 que o Clube obtém o primeiro título nacional, desta vez no hóquei em patins. Para a história ficam os nomes de FERNANDO ADRIÃO, SIDÓNIO SERPA, OLIVÉRIO SERPA, RUI CURVEIRA, CARLOS ALBERTO, JULIO SANCHES E NUNO MAIA, nomes estes dos atletas que conquistaram tamanho feito, o que ficou para sempre ligado à história do Clube.
Mas a época de 1940/41 não se ficaria por aqui no que toca a êxitos Ganhou o FUTEBOL BENFICA ainda o campeonato da 3ª divisão da AFL e o jogo de passagem à 2ª divisão. Conquistou ainda os títulos de campeão de Lisboa em hóquei patins e hóquei campo, os torneios distritais em 3ªas categorias no hóquei patins e reservas de hóquei campo.
Cimentava assim o Clube o prestigio já conseguido nestes sete anos de reorganização, Vivia-se, de facto, uma página brilhante do historial do Clube. Foi talvez a década de 40 o período áureo do Clube. Foi o período das grandes conquistas, talvez decisivo da vida do Clube. Cremos que toda a sua estrutura para o futuro se organizou a partir desse brilhante período.
Teve um inicio auspicioso, na verdade, o ressurgimento do CLUBE FUTEBOL BENFICA, nada ficando a dever ao passado já glorioso do GRUPO FUTEOL BENFICA, que segundo parece já havia conquistado posição de muito relevo.
Entretanto, neste ambiente de euforia que se vivia no Clube, o que era natural, dados os sucessos conseguidos, são aprovados algumas alterações aos estatutos, na assembleia geral de 14 de Novembro de 1940, na Sede da Sociedade Filarmónica Euterpe de Benfica.
A par da reorganização surgiu também a preocupação de criar estruturas e assim passou o Clube a dispor desde logo de um campo de futebol, que só por relaxo não ficou para toda a vida propriedade do Clube. Mais tarde, em 1940, viria a ser construído o ringue com a elaboração da sua dedicada massa associativa, que aos fins-de-semana e aos fins de tarde aos poucos o foi erguendo. Bons tempos!
O FUTEBOL BENFICA perdeu, quiçá, a grande oportunidade da sua vida, quando por relaxo, como já referimos, não tratou de legalizar o terreno que pertencia a uma senhora viúva e que estava na disposição de o doar ao Clube. A referida senhora faleceu e como não havia herdeiros foi o Patriarcado que recebeu o terreno.
O primeiro Parque Desportivo que o Clube possuiu foi pois na Estrada de Benfica, 711, onde hoje se encontra instalados grandes blocos habitacionais, em frente à Rua Cláudio Nunes.
Por proposta do senhor ALFREDO TORRES e aprovada na 1ª assembleia-geral por aclamação, o campo de futebol veio a denominar-se de FRANCISCO LÁZARO, em homenagem ao grande atleta. Ao ringue de patinagem foi dado o nome de FERNANDO ADRIÃO, grande atleta, várias vezes internacional e dedicado dirigente, em suma, verdadeiro símbolo de dedicação e amor clubista.
VIGO 1949 - JORNADA GLORIOSA DO CLUBE FUTEBOL BENFICA
MAIS UMA DAS MINHAS VIVÊNCIAS PELO PAÍS FORA, ACOMPANHANDO O MEU CLUBE
Em QUARTEIRA, um antigo e valoroso jogador de Hóquei Patins e de Hóquei em Campo, conhecido pelo “Fazendas”, (internacional em ambas as modalidades), ainda tive o prazer de o ver jogar qualquer das modalidades, com a vida destruída pelo falecimento da sua esposa, comoveu-me abruptamente. Agarrou-se a mim pedindo para que "não deixem morrer o MEU FUTEBOL BENFICA". Retirou-se chorando convulsivamente deixando-me naturalmente muito emocionado. Já não o via desde que ele foi viver para o Algarve, há mais de 30 anos, mas apesar do seu aspecto de um envelhecimento precoce, por força de se ter dedicado ao álcool após a morte da esposa reconheci-o imediatamente. São momentos que não dão para esquecer, de uma comoção extraordinária, sobretudo pelo sentimento que estas pessoas guardaram ao longo da vida pelo Clube
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